Bloomberg — A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a companhia vai apertar os cintos para enfrentar o cenário “desafiador” de preços mais baixos do petróleo, mantendo o foco na reposição de reservas e no aumento da produção em campos de águas profundas.
“Quando o preço sobe, temos mais conforto para expandir nossas ideias. Quando o preço cai, é hora de apertar os cintos”, disse Chambriard em teleconferência com analistas na terça-feira (13).
A estatal brasileira tem priorizado projetos que aumentem o fluxo de caixa no horizonte de tempo mais curto e reduzam os custos operacionais, disse ela.
A empresa tem simplificado e revisado projetos de engenharia, como a revitalização do campo de Albacora, na Bacia de Campos.
Apesar dos preços bem abaixo de US$ 80 por barril - o nível utilizado em seu plano estratégico 2025-2029 - a gigante do petróleo mantém sua previsão de investimento de US$ 18,5 bilhões para 2025.
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Chambriard reforçou que a Petrobras continuará investindo em exploração e produção com disciplina de capital.
Ela destacou descobertas recentes como no bloco de Aram, na região do pré-sal, onde a empresa considera antecipar o início da produção.
A Petrobras (PETR3; PETR4) também aguarda o sinal verde para perfurar seu primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas, uma área offshore importante próxima à rica em petróleo Guiana, e busca investir no exterior.
A empresa avança com projetos de exploração na Colômbia e em São Tomé e Príncipe. Também está analisando potenciais aquisições, incluindo os blocos offshore da Shell na Colômbia, onde a Ecopetrol é parceira, disse a diretora de exploração e produção, Sylvia Anjos.
“Uma empresa de petróleo não tem futuro sem exploração. Queremos uma Petrobras forte e longeva. Estamos buscando novas reservas enquanto desenvolvemos os campos que já descobrimos”, disse Chambriard.
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