Ibovespa destoa do exterior e sobe mesmo após rebaixamento da nota de crédito dos EUA
Moody’s reduziu a classificação de crédito dos EUA de Aaa para Aa1 na sexta-feira; no exterior, risco fiscal preocupa investidores
Ibovespa destoa do exterior e sobe mesmo após rebaixamento da nota de crédito dos EUA |A Moody’s reduziu a classificação de crédito dos EUA de Aaa para Aa1, alinhando-se à Fitch Ratings e à S&P Global (Fotógrafo: Michael Nagle/Bloombe/Michael Nagle)
Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera em leve alta nesta segunda-feira (19), em um movimento que destoa do pessimismo nos Estados Unidos. O principal índice da B3 avança 0,26% por volta das 11h14, aos 139.546 pontos.
O dólar opera em leve queda de 0,08% contra o real, cotado a R$ 5,66. Globalmente, a moeda americana perde mais força: o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas fortes, recua 0,74%.
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A fraqueza das ações e da moeda dos EUA ocorre após o rebaixamento da nota de crédito do país pela Moody’s na última sexta-feira (16), devido ao crescimento da dívida pública.
A agência reduziu a classificação de crédito dos EUA de Aaa para Aa1, alinhando-se à Fitch Ratings e à S&P Global Ratings, que também já haviam classificado a maior economia global abaixo do nível máximo, o triplo A.
“Embora reconheçamos as significativas forças econômicas e financeiras dos EUA, acreditamos que essas já não contrabalançam totalmente a deterioração dos indicadores fiscais,” escreveu a Moody’s em um comunicado.
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A mudança aumentou a insegurança no mercado. “O rebaixamento pode indicar que os investidores exigirão rendimentos mais altos para os títulos do Tesouro”, disse Tracy Chen, gestora de portfólio da Brandywine Global Investment Management, à Bloomberg News.
Embora os ativos americanos tenham se recuperado em resposta a rebaixamentos anteriores da Fitch e da S&P, “resta saber se o mercado reagirá de forma diferente, já que a natureza de refúgio do Tesouro e do dólar norte-americano pode ser um pouco incerta”.
No Brasil, investidores reagem ainda à prévia do PIB divulgada na manhã desta segunda-feira. O IBC-Br teve alta de 0,8% em março, acima das expectativas do mercado.
A nova companhia será denominada MBRF Global Foods Company, caso a operação seja aprovada pelos acionistas de ambas as companhias, em assembleias agendadas para 18 de junho, além de autoridades regulatórias.
Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem agens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.