Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) conquistou nova máxima histórica nesta terça-feira (13).
O principal índice da B3 avançou 1,76%, aos 138.963 pontos. O patamar é o mais alto da série histórica do Ibovespa – o recorde anterior havia sido de 137.343 pontos, em agosto de 2024.
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Fechamento 13/05/2025
Os investidores reagiram à divulgação da ata do Copom e aos dados de inflação nos Estados Unidos, além da repercussão do acordo da véspera entre EUA e China.
O Banco Central divulgou nesta terça-feira a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu por unanimidade na semana ada aumentar em 0,5 percentual a taxa Selic para 14,75% ao ano.
Os diretores do Banco Central afirmaram, na ata, que os juros elevados estão contribuindo para uma moderação do crescimento econômico — e que isso deve continuar nos próximos trimestres.
Ao mesmo tempo, os diretores alertaram que “em um ambiente de expectativas desancoradas, é necessário um aperto monetário maior e por um período mais longo do que seria apropriado em condições normais.”
No exterior, o índice de preços ao consumidor (I, na sigla em inglês), um dos mais importantes indicadores de inflação dos Estados Unidos, saiu abaixo do esperado.
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O núcleo do I, que exclui categorias mais voláteis como alimentos e energia, subiu 0,2% em relação a março.
Em comparação com abril do ano ado, o núcleo do I subiu 2,8%, inalterado em relação ao mês anterior. O I geral avançou 0,2% e subiu 2,3% na base anual.
O I veio abaixo do esperado pelo terceiro mês consecutivo, aumentando as expectativas de controle da inflação, que abriria espaço para corte de juros. A renda variável se valorizou com a expectativa, com o S&P 500 avançando 0,72% e o Nasdaq em alta de 1,61%.
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“No mínimo, os dados reforçam a suposição de que a inflação básica estava tendendo a cair antes da guerra comercial, oferecendo um ponto de partida encorajador para absorver o inevitável ree tarifário que aumentará os preços ao consumidor nos próximos meses e trimestres”, disse Vail Hartman, da BMO Capital Markets, à Bloomberg News.
A expectativa de corte de juros levou a uma queda global do dólar que, contra o real, recuou 1,34%, cotado a R$ 5,609.
Ainda há otimismo com o alívio da véspera após acordo entre EUA e China. O governo americano vai reduzir as taxas combinadas sobre a maioria das importações chinesas para 30% a partir de 14 de maio. A China, por sua vez, irá reduzir as taxas de 125% sobre os produtos dos EUA para 10%.
Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem agens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.