Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA operam em queda nesta quarta-feira (28), à medida que persistem as preocupações com a economia americana, em meio à incerteza sobre as tarifas e a situação fiscal do país.
A demanda fraca por títulos japoneses também pesou no sentimento do mercado.
Os contratos do S&P 500 recuaram 0,2% após o índice de referência dos EUA ter subido na sessão anterior. Os contratos do Nasdaq 100 operavam perto da estabilidade antes da divulgação dos resultados da Nvidia.
O rendimento dos Treasuries de 30 anos subiu três pontos-base, para 4,98%, após um leilão de títulos de 40 anos no Japão registrar a demanda mais fraca desde julho. O dólar operava estável.
Os investidores seguem cautelosos quanto às perspectivas econômicas dos EUA após o início de uma guerra comercial pelo presidente Donald Trump e a adoção de cortes de impostos que aumentaram o déficit.
Essas preocupações têm pressionado os preços dos ativos, enquanto o Federal Reserve pausou o ciclo de cortes de juros para avaliar mais evidências.
“Normalmente, os EUA se saem melhor quando o crescimento global desacelera, porque têm a menor alavancagem operacional, entre outros fatores”, disse Andrew Garthwaite, estrategista-chefe global de ações do UBS.
“O problema agora é que a desaceleração global está sendo liderada pelos EUA, e o Fed está mais reativo.”
A demanda mais fraca no leilão de títulos realizado na quarta-feira no Japão aumenta o risco de mais volatilidade nos mercados globais de dívida.
O rendimento dos papéis de 30 anos do país saltou 10 pontos-base após a operação.
“O setor de prazos superlongos mostrou alguma força desde o fim da semana ada”, disse Miki Den, estrategista sênior de juros do SMBC Nikko Securities, em Tóquio.
“A menos que as preocupações fundamentais com novos aumentos de rendimento, impulsionados por desequilíbrios entre oferta e demanda e expectativas de expansão fiscal, sejam resolvidas, este não é o momento adequado para compras diretas ou operações de flatteners.”
Mais tarde, nesta quarta-feira, os investidores estarão atentos aos resultados da Nvidia, fabricante de chips essenciais para a infraestrutura de inteligência artificial.
O balanço da empresa dará pistas sobre a sustentabilidade desse fluxo de investimentos, um dia após as ações apagarem as perdas acumuladas no ano.
“Se a Nvidia apresentar números positivos e alguns dos grandes provedores de nuvem também falarem em resultados positivos, isso será construtivo do ponto de vista macroeconômico, e a tendência de alta deve continuar”, disse Gareth Nicholson, chefe de gestão discricionária de portfólios da Nomura International Wealth Management.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quarta-feira (28 de maio):
- Novo CEO da Remy Cointreau. A fabricante de conhaques nomeou Franck Marilly, conselheiro comercial do governo francês e ex-executivo da Chanel, como diretor-presidente. Marilly assumirá o cargo em 25 de junho, no lugar de Eric Vallat, com a missão de retomar o crescimento na China.
- Plano da Nissan. A montadora, que enfrentará um grande desafio para quitar seus empréstimos no próximo ano, busca levantar mais de US$ 7 bilhões por meio de emissões de dívida e venda de ativos para manter suas operações, segundo documentos internos vistos pela Bloomberg News.
- Mudança de posições. Um trio de acionistas vendeu 8% da Galderma, de cuidados com a pele, segundo a Bloomberg News. A operação pode levantar cerca de US$ 2,3 bilhões, no que seria a maior colocação desse tipo desde a abertura de capital da empresa.
🔘 As bolsas ontem (27/05): Dow Jones Industrials (+1,78), S&P 500 (+2,05%), Nasdaq Composite (+2,47%), Stoxx 600 (+0,33%), Ibovespa (+1,02%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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