Futuros dos EUA caem com falta de avanços nas negociações entre EUA e China
“O potencial de queda parece menos elevado desta vez, já que muitos investidores ainda não estão totalmente alocados”, disse Ulrich Urbahn, chefe de estratégia multiativos e pesquisa do Berenberg
Futuros em NY avançam na volta do feriado; títulos sobem após sinalização do Japão |
Bloomberg — Os futuros dos EUA operam em queda nesta terça-feira (10) antes do segundo dia de negociações entre o governo Trump e a China, com investidores mantendo cautela diante da ausência de avanços significativos na disputa comercial entre os dois países.
Os contratos do S&P 500 registravam pouca variação após apagarem ganhos anteriores.
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Um índice de ações chinesas em Hong Kong teve movimento semelhante, revertendo alta para queda de 0,2%.
As bolsas europeias operavam com perdas modestas. O FTSE 100, do Reino Unido, no entanto, caminhava para fechar em máxima histórica pela primeira vez desde março.
Embora as negociações de segunda-feira entre os EUA e a China não tenham trazido avanços concretos, autoridades americanas mostraram otimismo de que os dois lados poderiam aliviar tensões sobre embarques de tecnologia e elementos de terras raras.
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Com a divulgação de um dado-chave de inflação prevista para quarta-feira, os investidores aguardam novos catalisadores após a recuperação das ações para níveis próximos aos recordes, revertendo as mínimas de abril.
O índice ainda tem desempenho inferior ao de alguns pares europeus neste ano “os mercados estão um pouco sobrecomprados neste momento”, disse Ulrich Urbahn, chefe de estratégia multiativos e pesquisa do Berenberg.
“O potencial de queda parece menos elevado desta vez, já que muitos investidores ainda não estão totalmente alocados. Se houver uma correção, a chance de uma liquidação mais intensa agora é menor.”
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Os títulos do Tesouro dos EUA estendiam os ganhos, com a taxa do papel de 10 anos recuando dois pontos-base, para 4,45%. O dólar subia 0,2% frente a uma cesta de moedas.
O FTSE 100 superou sua máxima de fechamento anterior à medida que os investidores se mostraram mais confiantes diante da melhora no cenário econômico e do alívio nas tensões comerciais, com o Reino Unido se tornando o primeiro país a fechar um acordo com o presidente Donald Trump após os anúncios tarifários de 2 de abril.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de terça-feira (10 de junho):
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- Nova holding de caminhões. A Toyota e a Daimler Truck concordaram em finalizar a fusão de suas subsidiárias de fabricação de caminhões, a Hino Motors e a Mitsubishi Fuso Truck & Bus, sob uma nova holding até abril de 2026, enquanto buscam aumentar as margens e desenvolver novas tecnologias.
- Novo Nordisk em alta. As ações da companhia dinamarquesa atingiram o maior nível em dois meses após uma notícia que o fundo Parvus adquiriu uma participação na farmacêutica, segundo informações do Financial Times. Os papéis chegaram a subir até 3,5% na bolsa de Copenhague.
- O time de críquete da Diageo. A fabricante de bebidas tem mantido conversas com possíveis assessores enquanto avalia possibilidades que incluem a venda parcial ou total de seu clube de críquete Royal Challengers Bengaluru, da Indian Premier League (IPL), segundo fontes que falaram com a Bloomberg News.
Ações globais 10/06/25
🔘 As bolsas na sexta-feira (09/06): Dow Jones Industrials (0,00%), S&P 500 (+0,09%), Nasdaq Composite (+0,31%), Stoxx 600 (-0,07%), Ibovespa (-0,30%)
Formada em jornalismo pela Fáculdade Cásper Líbero, tem mestrado em Ciências da Comunicação pela Unisinos, e acumula agens por veículos como Valor Econômico, Capricho, Nexo Jornal e Exame. Na Bloomberg Línea Brasil, é editora-assistente especializada na cobertura de agronegócios.