Ex-presidente Fernando Collor é preso para cumprir pena em condenação pelo STF
Político que comandou o país de 1990 a 1992 foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção iva e lavagem de dinheiro em processo da Operação Lava Jato e teve o recurso negado pela Corte
Ex-presidente Fernando Collor é preso para cumprir pena em condenação pelo STF |O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello: condenado por corrupção iva e lavagem de dinheiro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bloomberg Línea — O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na manhã desta sexta-feira (25) em Maceió, capital de Alagoas, para o cumprimento de pena relacionada à condenação pelos crimes de corrupção iva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato.
Segundo sua defesa, a prisão ocorreu às 4h, quando o político se deslocava para Brasília.
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Ainda de acordo com a defesa de Collor, 75 anos, que também é ex-senador, ele se deslocava para Brasília para o cumprimento espontâneo do mandado de prisão.
Depois da prisão, o ex-presidente foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas.
A prisão de Collor foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após negar recurso da defesa para rever uma condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção iva e lavagem de dinheiro.
A condenação original pelo STF aconteceu em maio de 2023.
Em novembro de 2024, o Supremo Tribunal Federal decidiu manter a condenação do ex-presidente, dado que a maioria da Corte rejeitou os recursos da defesa para reformar a condenação.
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Na ocasião, um pedido de destaque feito pelo ministro André Mendonça retirou o caso do plenário virtual e levou o julgamento para o plenário presencial.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, disse na ocasião que não houve irregularidades na decisão que condenou Collor.
“A decisão recorrida analisou com exatidão a integralidade da pretensão jurídica deduzida, de modo que, no presente caso, não se constata a existência de nenhuma dessas deficiências”, argumentou o ministro.